O chargista Aroeira publicou uma charge crítica ao governo Bolsonaro, feita para o site Brasil 247 e posteriormente repostado no perfil do jornalista Ricardo Noblat no twitter.
A charge foi motivada pela live feita pelo presidente em sua rede social onde estimulava que apoiadores invadissem os hospitais públicos e de campanha para filmar os leitos. Fato que se concretizou e está sendo investigado pela Procuradoria-Geral da República. Mais uma atitude, entre muitas, autoritária do presidente. Se ele acha que os leitos estão sendo sendo usados de modo indevido, há meios democráticos de se fiscalizar as autoridades sanitárias.
Usando do Ministro da Justiça como seu advogado particular, e a estrutura do Governo Federal, solicitou a abertura de processo usando a Lei 7.170/1983 sobre crimes contra a segurança nacional, a ordem política e social, contra Aroeira e Noblat.
Se Bolsonaro sentiu-se ofendido, deveria acionar seu advogado pessoal e ajuizar uma ação na Justiça por danos morais. Por outras duas vezes, quando ele ainda era deputado, já o fez contra o mesmo chargista, e perdeu o processo nas duas vezes.
As charges têm como essência suas questões políticas e ideológicas, sendo uma interpretação subjetiva dos fatos feita de forma parcial. Utiliza a crítica e o humor como elementos transformadores e subversivos. Por essa razão são temidos pelos detentores do poder. A aversão à crítica são típicas das pessoas de pensamento e práticas autoritárias.
Nossa solidariedade ao chargista Aroeira.
Abaixo uma petição criada por Afonso Borges – Pela Liberdade de Expressão, em solidariedade ao cartunista Aroeira:
1 comentário
Que ridículo!
Liberdade não pode ser confundida com libertinagem!
Fora Aroeira!